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Ursula Jaeger Fonseca




Minha cidade, meu cant(inho)

De uma planta meio tosca, um pouco espinhenta, sem envergadura e até sem graça, mas insistente nas margens do rio que banhava aqueles campos, por que dotada de uma florisbela, o nome se impôs. Gravataí, terra dos gravatás. Taí, né !?!
 
Minha cidade não é pequena, e já foi muito grande. É mãe de Glorinha, de Cachoeirinha, e até de Canoas. Já viu o Rio Gravataí borbulhar de tanto peixe e servir de porto, até para o Garibaldi.
 
Na história, recebeu guaranis vencidos, jesuítas impulsivos, imigrantes de açores e gaudérios perdidos, e sempre se dispôs a retê-los, sob o manto da civilidade e do respeito. Aqui se fez a primeira escola pública deste rincão do Rio Grande.
Dista poucos quilômetros da capital e dividiu muitos centauros, Loureiro da Silva foi intendente aqui e acolá; se lá abriu viadutos, aqui organizou o centro urbano.
 
E tantos outros se passaram pela condução da municipalidade, quem lembra? Tem seu Zé Linck, o Dorival e o Mota.  Grande Mota, sapateiro, mestre que adentrou no prédio da Praça Borges como quem adentra em salão, e foi peão na lida, pois que jamais abdicou da luta dos pequenos; e rei na postura, pois que jamais desonrou o posto.

Lembro de outros tantos e nem vou falar deles, pois me basta  de alguma forma   trazer à lembrança o nome da professora Rosângela Silveira Martins, que impôs o primeiro concurso público para professor em Gravataí. Até aquele gesto, para ser professor bastava ser indicado por alguém influente. Pois aquela mestra, precursora na defesa dos direitos públicos nesta cidade, inovou: é preciso concurso público.
 
E tem mais de uma geração de entusiastas que não se intimidou, estando na esfera privada, ou no âmbito público, há quem pôs na gola a exigência de progresso da cidade. O Dr. Luís, o seu Farias e a Dona Cety, o Dr. Valente, o Dom José Mário Stroeher, o Paulo Müller e a Dona Wilma, e o  rol  de tantas amigas e amigos...
Gravataí é minha cidade e eu tenho orgulho de seu tempo, de sua história, de seu futuro, e fundamentalmente de sua gente.
 
Minha família chegou aqui nos idos de 1930, e as gerações seguintes encontraram nesta terra espaço fértil para o desenvolvimento. Aqui crescemos, estudamos e trabalhamos.

O poet(inha) Vinícius de Moraes um dia disse: “de tudo ao meu amor serei atento...”Eu amo esta cidade que não tem mar, nem praia de mar; mas tem gente bonita, praia de água de rio, e muito lugar interessante. Tem o Itacolomi, o Barnabé, a Cascatinha, e por aí vai... 

Professora Ursula 13400 - Vereadora

Bordignon 13 - Prefeito


                                EDUCAÇÃO, INCLUSÃO E TRANSFORMAÇÃO